2 estratégias para amortizar dívidas e créditos

Sabia que, segundo dados do INE de Dezembro de 2011, o valor médio em dívida (€) nos contratos de crédito à habitação é de 56.844,00€? E este valor nem sequer inclui créditos automóveis, de consumo, etc..

De facto, dentro das nossas casas é muito importante fazer uma gestão da dívida por forma a garantir que não surgem problemas no futuro, como são, as situações de incumprimento com entrada garantida para a lista negra do Banco de Portugal.

Dívidas

Uma das formas de evitar este tipo de situações é antecipar o pagamento das respectivas dívidas através da amortização total ou parcial. Para isso, é necessário existir  um pouco de liquidez excedente. A amortização de dívida é considerada por vários autores o passo seguinte após a constituição de um fundo de emergência, ou seja, depois deste estar criado então podemos redireccionar o valor que estávamos a colocar de parte periodicamente para a amortização.

Vamos imaginar que um dia acorda e descobre que está cheio de dívidas para pagar. Faz  uma listagem das suas dívidas e surge qualquer coisa como:

  • Crédito à habitação: 125.000€ à taxa anual de 1,5%;
  • Crédito multi-opções: 15.000€ à taxa anual de 1,5%;
  • Crédito automóvel: 9.500€ à taxa anual de 7%;
  • Crédito pessoal: 16.000€ à taxa anual de 4%;
  • Dívida à Segurança Social: 6.500€ à taxa mensal de 1%, o que corresponde à taxa anual de 12,7%;

Estratégia A: primeiro os juros mais altos…

A maioria dos consultores financeiros, contabilistas ou economistas irá sugerir que inicie a amortização pelo crédito/dívida com maior taxa de juro, ou seja, pela seguinte ordem:

  1. Dívida à Segurança Social: 6.500€ à taxa mensal de 1%, o que corresponde à taxa anual de 12,7%;
  2. Crédito automóvel: 9.500€ à taxa anual de 7%;
  3. Crédito pessoal: 16.000€ à taxa anual de 4%;
  4. Crédito multi-opções: 15.000€ à taxa anual de 1,5%;
  5. Crédito à habitação: 125.000€ à taxa anual de 1,5%;

Esta estratégia segue uma lógica matemática que é perfeitamente válida. Com esta abordagem, ao atacar os créditos com maior taxa de juro primeiro está a minimizar o valor dos juros que terá pagar.

Estratégia B: primeiro o capital em dívida mais alto…

Porém, alguns autores, como por exemplo Dave Ramsey, sugerem que se inicie pelo crédito com o menor valor em dívida. A razão por detrás desta abordagem é essencialmente psicológica e emocional. Ao começar por amortizar a dívida menor, vai começar a sentir mais cedo o efeito positivo de terminar um crédito. Isto tem um efeito motivador, pois muitas vezes, o tempo que levamos a amortizar um determinado crédito pode ser longo e afastar-nos da estratégia inicial.

Cuidado com as comissões

Outro aspecto a ter em conta, é o valor das comissões cobradas por liquidação antecipada. Existem algumas instituições financeiras que cobram comissões elevadíssimas pela amortização parcial ou total de um crédito, o que acaba por tornar a amortização antecipada parcial ou total pouco interessante. Pergunte sempre o valor da mesma para não ter surpresas desagradáveis.

1 comentário em “2 estratégias para amortizar dívidas e créditos”

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.